29/11 - Fogo parte 3 de 4

O jipe é concertado e ouço um barulho (como se algum pastor estivesse pregando, o que é muito estranho em nossa situação). Passamos pelas casas, que agora estão em brasas graças aos militares. Para isso precisamos chegar bem perto e passar pelo lado daquela poça de horrores que descrevi antes. Enfim encontramos uma igreja, ótimo lugar pra passar a noite, se dentro dela não tivesse um padre em frente à nave da igreja pregando em alto e bom som. Olhamos para os bancos e vimos a nave repleta de mortos-vivos que resmungavam e olhavam para o padre. Ele estava enlouquecido e nos convidou a passar a noite ali. Nos levou até seu quarto, depois de passarmos relutantemente pelo corredor central da igreja, seu quarto estava cheio de velas e tinha um documento do governo. Pegamos o documento e saímos pelos fundos da igreja sem que o padre nos visse, e dali o mais rápido possível. Pegamos uma trilha para Itajaí e a caminho de lá chegamos em uma torre de rádio, completamente abandonada. Paramos lá para dormir. Hector abre o documento e contemplamos em horror a cidade de São Paulo devastada por uma bomba nuclear. Não conseguimos nem conversar esta noite, no silêncio percebo que ninguém estava conseguindo dormir, até que perco a consciência.
Depois disso são barulhos e gente nos chamando para fora do nosso esconderijo. Os militares nos encontraram!

Chão, revista, braçadeira, caminhão, prisão militar.

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